Desafios logísticos para o setor industrial
A atividade logística pode ser rastreada à antiguidade, uma vez que o armazenamento, o transporte e a distribuição de materiais, alimentos e até de informações são ferramentas essenciais para suprir as necessidades mais fundamentais do homem. No entanto, a interpretação moderna do termo remonta à 2ª Guerra Mundial, oportunidade em que as forças armadas dos Estados Unidos se viram diante do monumental desafio de escoar toneladas de suprimentos e equipamentos para as forças aliadas soviéticas que lutavam para conter as investidas da Alemanha nazista.
Para piorar um pouco mais esses desafios logísticos, as rotas comerciais tradicionais se encontravam ocupadas pelas forças opositoras, fazendo com que a estratégia precisasse ser montada em rotas alternativas, o que envolvia navegar através de camadas e mais camadas de gelo no Oceano Ártico, construir portos e modernizar centenas de quilômetros de ferrovias no Oriente Médio. Mas o que os desafios logísticos do setor industrial têm a ver com essa resumida aula de história? Pois é o que você vai entender agora mesmo, neste post inaugural sobre desafios logísticos, começando justamente pelo setor industrial. Então dê só uma olhada:
Qual é a relação histórica com a logística atual?
Depois de devidamente superado o período de guerra, essa estratégia logística inovadora acabou servindo de inspiração para o setor industrial, especialmente para as fábricas e montadoras de automóveis, que, rapidamente, promoveram uma série de mudanças em suas operações para se tornarem cada vez mais eficientes.
Assim, com a queda do muro de Berlim e os rápidos e crescentes avanços da globalização, a logística volta a ocupar seu merecido espaço de destaque, na medida em que a concorrência acirrada e os preços nivelados fazem com que ela seja, no resultado final, um grande diferencial.
E quais são os desafios logísticos do Brasil?
Lamentavelmente, o Brasil possui, hoje, uma estrutura logística muito aquém da desejada, sobretudo se forem levadas em consideração as proporções continentais de seu território. Isso faz com que nosso setor produtivo seja alçado a uma situação análoga à dos estrategistas militares da 2ª Guerra Mundial.
Nossa tímida malha ferroviária, herdada do período colonial, não possui bitolas padronizadas, inviabilizando a integração entre os Estados, por exemplo. Além disso, sabemos que o deslocamento de grandes quantidades de carga é mais eficiente quando realizado pelo mar, mas os imensos gargalos em nossa estrutura portuária fazem com que tenhamos que deslocá-las por terra, em rodovias esburacadas e nem sempre asfaltadas.
Temos que admitir que a situação não é mesmo das melhores. Porém, por outro lado, podemos interpretar esse cenário como uma enorme oportunidade para que as empresas que efetivamente adotam uma gestão logística eficiente saia na frente das demais, fazendo de sua eficiência na superação dos desafios logísticos seu grande diferencial.
Como solucionar o problema?
Os investimentos em infraestrutura anunciados pelo Governo Federal em seu programa de aceleração do crescimento (PAC) são da ordem de 58 bilhões de reais, distribuídos para todo o país. E esse investimento, certamente, há de fazer avançar algumas pautas relacionadas aos desafios logísticos enfrentados por aqui.
Trata-se, entretanto, de um valor insuficiente até mesmo para otimizar a infraestrutura apenas do Estado do Paraná, por exemplo, cujas obras foram calculadas em 65 bilhões pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (OCEPAR). Diante desse cenário, especialistas vêm indicando que a melhor solução para suprir a carência no orçamento do governo seria uma parceria com a iniciativa privada. Mas enquanto isso não acontece, o setor industrial não pode cruzar os braços, não concorda?
Como lidar com os atuais desafios logísticos?
É certo que o empresário moderno não pode manter uma postura passiva diante dos entraves externos. Pelo contrário, esses profissionais devem ser criativos, fazendo com que a logística interna seja a mais eficiente na medida do possível. Para isso, os gestores devem procurar investir em soluções informáticas adequadas, intralogística e equipamentos eficientes de movimentação e armazenagem de materiais (MAM).
Vale ressaltar, ainda, a necessidade cada vez maior de se contar com a eficiência no armazenamento de produtos e materiais, que, hoje, ocupa uma posição de destaque dentro de uma cadeia de suprimentos. Assim, trabalhar com um galpão de qualidade que utilize tecnologia de ponta é peça fundamental para tornar as operações mais eficientes e minimizar os impactos externos. Então agora é mãos à obra!
Agora comente aqui e divida conosco suas impressões sobre o tema! E não deixe de conferir nossos próximos posts apontando mais desafios logísticos de outros setores! Fique por dentro!
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